Artigo
9 min read
Como reter talentos brasileiros que querem viver no exterior
Imigração

Autor
Paula Machado
Última atualização
17 abril, 2025
Publicado
17 abril, 2025

Índice
Por que alguns dos melhores talentos desejam se mudar para o exterior
Por que as estratégias tradicionais de retenção de talentos costumam falhar
O que realmente funciona para manter talentos
Como operacionalizar a mobilidade global: ferramentas e estruturas
Resultados do mundo real: o que acontece quando você acerta na flexibilidade laboral
Por que a retenção de talentos melhora com a mobilidade global
Faça parceria com a Deel para o melhor EOR e Suporte à Imigração
Principais conclusões
- Empresas brasileiras estão perdendo seus melhores talentos para o exterior – e não é por baixos salários ou problemas de cultura organizacional. É porque não estão preparadas para lidar com o novo imperativo do trabalho moderno: a mobilidade global.
- O custo de substituição de um talento qualificado pode chegar a duas vezes o seu salário anual, incluindo custos de recrutamento, onboarding e lacuna de produtividade. Além disso, a rotatividade impacta o clima organizacional, a performance das equipes e a reputação da marca empregadora.
- Hoje, está muito mais fácil adotar a realocação internacional, especialmente através da contratação de um EOR (Employer of Record) que consegue cuidar de toda a burocracia e automatizar tarefas jurídicas, financeiras e de RH na mobilidade global de talentos.
As empresas brasileiras, historicamente, enfrentam a chamada “fuga de cérebros”: talentos qualificados deixam o país para trabalhar em outros lugares em que as condições são melhores – seja de remuneração ou evolução de carreira. E, claro, também vão em busca de uma experiência de vida em outro país.
Para negócios no Brasil, tende a ser difícil competir com ofertas de emprego estrangeiras. E o que identificamos, inclusive, é que o salário e os benefícios nem são o maior problema. Em geral, eles conseguem ser providos pelas empresas nacionais a colaboradores no exterior sem um aumento de gasto considerável. O que mais emperra é o fato de nossas organizações não estarem preparadas para trabalhar com a flexibilidade laboral além-fronteiras.
Porém, a mobilidade de talentos não é mais opcional: ela se tornou estratégica, tanto para evitar custos de turnover e lacunas de produtividade, como para expandir o negócio a outros mercados e alavancar o crescimento.
E é possível explorar com eficiência essa estratégia. Neste artigo, veja como adotar a nova postura de mobilidade global, e otimizar as ações de retenção de talentos que desejam morar no exterior. Além de manter talentos, a sua empresa ainda se beneficia da expansão internacional, ao ter representantes em outros mercados que podem abrir novas possibilidades de negócio.
Por que alguns dos melhores talentos desejam se mudar para o exterior
É cultural no Brasil a busca por oportunidades de trabalho internacionais, para aprimoramento do currículo e da carreira. O avanço da digitalização e o crescimento do trabalho remoto fomentaram essa tendência, e, cada vez mais, profissionais qualificados têm expandido suas fronteiras para trabalhar.
Esse movimento se intensifica também com as novas demandas da Geração Z e Millennials, e especialistas destacam que não se trata apenas de receber salários em dólar ou euro, mas de trabalhar com liberdade e conquistar novas oportunidades.
Em 2023, o número de brasileiros contratados no exterior cresceu 43%, de acordo com um estudo realizado pela Deel, o que coloca o Brasil em 5° lugar no ranking de países com maior número de pessoas trabalhando em companhias internacionais.
O setor de tecnologia tem uma das mais altas taxas de mobilidade global: 60% dos profissionais de TI brasileiros têm interesse em trabalhar no exterior, segundo pesquisa do Developers Conference.
Por que as estratégias tradicionais de retenção de talentos costumam falhar
Muitas lideranças tentam “segurar” os colaboradores com bônus de performance, programas de bem-estar, escritórios modernos e outros benefícios. Mas isso não basta quando o que está em jogo é a experiência em outro país.
Além disso, estruturas jurídicas e operacionais ultrapassadas dificultam a adaptação:
- Contratos que não preveem mobilidade
- Falta de cobertura para vistos ou permissões de trabalho
- Barreiras tributárias e de folha de pagamento em outras jurisdições
Podemos dizer que o erro comum está em confundir retenção com “restrição”. Tentar convencer o profissional a permanecer no Brasil não é eficaz – e, inclusive, pode até acelerar a sua saída.

O que realmente funciona para manter talentos
A seguir, confira três estratégias fundamentais para a retenção de talentos que aspiram a mobilidade global:
1. Adote o trabalho remoto global como cultura
Não se trata apenas de permitir que a pessoa trabalhe de casa, mas sim de estruturar um modelo que dê suporte à mobilidade global, garantindo a conformidade trabalhista e tributária para colaboradores em qualquer lugar do mundo. Isso exige:
- Modelos contratuais globais
- Conformidade trabalhista multijurisdicional
- Estruturas seguras para folha de pagamento e benefícios para expatriados
Empresas inovadoras já tornaram o trabalho remoto internacional parte da sua proposta de valor ao talento (EVP).
2. Ofereça flexibilidade real, não apenas dias remotos
Não adianta resolver a demanda da flexibilidade laboral com alguns dias remotos. Uma cultura organizacional que acompanha as transformações do mercado de trabalho precisa também considerar o modelo 100% remoto, inclusive para poder apoiar a mobilidade global de talentos. Isso exige:
- Apoio financeiro e estrutural para a realocação
- Processos que contemplem o trabalho assíncrono e diferenças de fuso horário
- Política de mobilidade global em que o colaborador mude de país sem perder sua função, senioridade e benefícios
Essa postura cria segurança psicológica para a transição, e reforça a lealdade à empresa.
3. Adicione benefícios para expatriados
Talentos em movimento precisam de mais do que um laptop e uma boa conexão de internet. É preciso considerar os benefícios que fazem a diferença para a retenção de talentos no contexto global. Isso exige:
- Apoio à habitação temporária
- Benefícios coerentes com o custo de vida e as leis trabalhistas do novo país
- Seguro saúde internacional com cobertura ampla no país de destino
- Consultoria fiscal para garantir a dupla conformidade (Brasil e outros países)
Esses fatores aumentam consideravelmente a satisfação dos profissionais, sentindo-se totalmente apoiados pelas empresas na realização do sonho de morar e trabalhar no exterior.

Como operacionalizar a mobilidade global: ferramentas e estruturas
- 1. Escolha um Employer of Record (EOR) com recursos de imigração: com um EOR como a Deel, é possível contratar, realocar e gerenciar colaboradores em mais de 150 países com total conformidade legal e fiscal. A solução de Imigração EOR da Deel oferece:
- Autorizações de trabalho legais aceleradas
- Conformidade contínua com legislações locais
- Patrocínio de vistos e autorizações de trabalho
- Planos de benefícios para expatriados com fornecedores locais
- Gestão integrada de folha de pagamento, benefícios e impostos
Ou seja: o seu colaborador pode se mudar sem precisar sair da empresa, e você permanece dentro da lei com equipes internacionais.
- 2. Construa políticas para a mobilidade global: estabeleça políticas internas claras para lidar com mobilidade, contemplando:
- Locais permitidos
- Obrigações legais e prazos
- Responsabilidades compartilhadas (empresa x colaborador)
- Onboarding digital
- Suporte para adaptação cultural
- Normas de trabalho assíncronas
- Ajustes em metas e rotinas para acomodar fusos horários
A flexibilidade laboral precisa ser enraizada na cultura organizacional, adaptando os processos para que tudo flua da melhor maneira para todos os lados.
- 3. Alinhe RH, jurídico e finanças desde o dia zero: evite surpresas com impostos relacionados à folha de pagamento internacional, tributação e benefícios em outros países, assim como a gestão de patrimônio no exterior. Mobilidade global exige coordenação multidisciplinar. Equipes de RH, jurídico e finanças devem atuar de forma integrada para garantir fluidez, segurança e escalabilidade na realocação de talentos. Para isso, alinhe desde o princípio:
- Impactos fiscais e tributários
- Reestruturações contratuais
- Planejamento orçamentário para benefícios adicionais
O passo fundamental aqui é definir a estrutura interna para gerenciar equipes multinacionais sem complicações. O caminho que mais tem facilitado isso – em empresas de todos os tamanhos – é a contratação de um EOR.
O Employer of Record se responsabiliza por todas as burocracias e tarefas administrativas dos colaboradores expatriados. Com o EOR da Deel, também é possível ter toda a gestão em uma plataforma integrada, em que você gerencia todas as equipes – remotas e presenciais, locais e internacionais – em um mesmo lugar. Os dados ficam centralizados e é possível gerar dashboards mais ágeis e assertivos. Além disso, a plataforma faz a automação de comunicações em massa personalizadas para cada colaborador, assim como de avaliações de desempenho e diversas outras tarefas de RH.
Resultados do mundo real: o que acontece quando você acerta na flexibilidade laboral
Empresas que implementam uma estratégia de mobilidade bem executada observam benefícios concretos. Listamos abaixo alguns deles, com base na experiência da Deel com mais de 30 mil negócios, em mais de 150 países:
- Redução da rotatividade de profissionais-chave para a empresa
- Reputação fortalecida como marca empregadora moderna e global
- Maior produtividade dos profissionais que trabalham mais alinhados com suas aspirações
- Mitigação de riscos legais e fiscais na operação internacional, garantindo conformidade e tranquilidade para as equipes globais RH, jurídicas e financeiras
- Retenção de talentos fortalecida, não mais como uma postura reativa, mas como vantagem competitiva proativa do negócio
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Por que a retenção de talentos melhora com a mobilidade global
Manter talentos brasileiros não significa impedi-los de mudar para outro país. Cada vez mais, as empresas entendem que apoiar a realocação de profissionais qualificados aprimora a lealdade e a motivação do time. Além disso, garante equipes com conhecimentos e experiências mais diversas e internacionais, que contribuem desde as operações até o desenvolvimento de produtos e expansão para novos mercados consumidores.
Faça parceria com a Deel para o melhor EOR e Suporte à Imigração
Seu melhor talento quer morar no exterior? A Deel facilita que ele vá – e que a sua empresa continue contando com ele, com 100% de compliance e uma transição simples e ágil para todos os envolvidos.
Com o serviço de Employer of Record (EOR) e apoio à imigração da Deel, você pode:
- Apoiar o talento em cada etapa do processo
- Realocar profissionais com segurança jurídica
- Garantir o compliance de folha de pagamento com a tributação correta
- Manter a excelência da gestão de talentos internacionais em uma plataforma integrada
- Centralizar todas as documentações e comunicações
- Personalizar avaliações de desempenho, PDI e plano de carreira
- Automatizar tarefas administrativas
- Personalizar pacotes de benefícios de acordo com as melhores ofertas em mais de 150 países
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Sobre o autor
Paula lidera o Marketing da Deel no Latam. Com mais de uma década de experiência em startups, ela já comandou projetos de Inbound Marketing e Inside Sales para mais de 50 empresas. Defensora do trabalho remoto e flexível como o futuro do trabalho, Paula acredita que ele traz de volta a paixão e a humanidade às nossas rotinas, criando pontes entre fronteiras e unindo o mundo do trabalho. Nos intervalos para o almoço, você pode encontrá-la no mar, praticando kitesurf.