Como reduzir o estresse no trabalho em empresas globais

O estresse no trabalho é um problema crônico global. Nos últimos anos, a questão passou a ser discutida mais abertamente pelos profissionais, e com maior transparência e proatividade pelas organizações.

Os movimentos de Great Resignation e Quiet Quitting ajudaram a reforçar o debate público sobre o assunto, já que foram motivados pela busca por qualidade de vida e melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Apesar de o trabalho remoto ter trazido mais flexibilidade aos profissionais, ainda assim enfrentam alguns fatores que podem ser estressantes – como um desgaste maior com a comunicação virtual no cotidiano, e a lacuna de pertencimento que pode ocorrer quando os times estão distribuídos. Em equipes globais, isso se intensifica pelas diferenças culturais, de fuso horário e idioma.

Por isso, as empresas que querem se manter competitivas, com processos fluidos e alta produtividade, precisam considerar todos os aspectos que podem ser geradores de estresse no trabalho. Entre as ações básicas para isso, está a oferta de benefícios corporativos de bem-estar e uma gestão de pessoas transparente e eficiente.

A Deel ajuda equipes de RH a oferecer benefícios locais com o melhor custo-benefício, a partir de uma rede de fornecedores em mais de 150 países. Neste artigo, conheça o Deel Benefits Admin, além de se atualizar sobre o contexto atual do estresse no trabalho e ver estratégias para reduzir esse problema na sua organização.

Por que as equipes globais enfrentam fatores de estresse únicos

O estresse relacionado ao trabalho atingiu níveis críticos em todo o mundo. Segundo o relatório State of the Global Workplace 2023 da Gallup, 44% dos funcionários afirmaram sentir estresse durante a maior parte do dia anterior ao da pesquisa, uma taxa que permanece consistentemente alta desde 2021. Não se trata mais de um fenômeno isolado a certos setores ou regiões – é um desafio sistêmico que impacta empresas de todos os tamanhos.

Nas equipes globais, o problema é ainda mais agudo. A complexidade de coordenar pessoas em diferentes fusos horários, culturas e legislações trabalhistas multiplica os fatores de desgaste. Trabalhar remotamente em um ambiente multicultural pode parecer uma vantagem competitiva à primeira vista – mas sem estrutura, suporte e limites claros, o risco é transformá-la em uma bomba-relógio de esgotamento, desengajamento e turnover.

Em resumo, os principais fatores geradores de estresse no trabalho são:

• Fusos horários diferentes: reuniões agendadas fora do horário comercial ou em horários inconvenientes para profissionais remotos tornam os dias mais longos ou fragmentados, prejudicando o descanso e o foco.
• Diferenças culturais e legais: a percepção sobre o que é uma carga de trabalho aceitável ou sobre a política de folgas varia bastante entre os países, o que pode gerar confusão e frustração nos colaboradores, além de resultar em uma operação irregular no país em questão.
• Isolamento do trabalho remoto: sem uma cultura estruturada de integração no modelo remoto gera desconexão no time, falta de pertencimento, e expectativas pouco claras sobre o trabalho.
• Acesso inconsistente ou desigual a benefícios e suporte da gerência: quando os pacotes de benefícios, os cuidados com o bem-estar, e a conexão com a liderança e o RH são priorizados apenas na sede da empresa, os colaboradores remotos se sentem negligenciados.

O que não funciona: iniciativas de bem-estar de “tamanho único”

Na tentativa de combater o estresse no trabalho, muitas empresas recorrem a iniciativas de bem-estar padronizadas – como apps de mindfulness, e vouchers de spas e academias. Embora bem-intencionadas, essas soluções raramente resolvem o problema, ainda mais em equipes distribuídas globalmente.

Por quê? Algumas razões são:

• Baixa aderência e relevância: um benefício oferecido na matriz pode não fazer sentido em outro país – por diferença de cultura, idioma, regulamentação ou até disponibilidade.
• Percepção de injustiça: quando os funcionários de fora da sede percebem que os colegas têm mais suporte ou vantagens, isso afeta a motivação e alimenta ressentimentos.
• Falta de estrutura operacional: políticas vagas sobre horários e folgas, e comunicação virtual truncada acabam criando um ambiente de incerteza e sobrecarga.
• Apoio inconsistente de gestores: esperar que cada líder consiga apoiar o bem-estar de sua equipe sem treinamento ou estrutura para realizar isso é insustentável.

Resumindo: sem um sistema padronizado, adaptado e operacionalizado de benefícios e programas de bem-estar, as iniciativas acabam sendo superficiais e ineficazes.

O que funciona: 6 estratégias para reduzir o estresse no trabalho em equipes globais

Líderes que querem ir além do discurso e realmente construir um ambiente de trabalho saudável em escala global precisam de soluções robustas, consistentes e localmente adaptadas.

A partir da expertise da Deel apoiando a gestão de RH de empresas em mais de 150 países, listamos 6 estratégias que fazem a diferença para reduzir o estresse no trabalho:

1. Estabeleça limites de horário por região e função

Crie e comunique com clareza as expectativas sobre horário de trabalho, com base nos fusos horários e funções de cada colaborador. Evite agendar reuniões recorrentes fora do expediente local e incentive pausas e intervalos.

2. Treine gestores em comunicação assíncrona e liderança remota

Líderes modernos dominam habilidades específicas para lidar com times remotos. Para isso, é preciso fazer treinamentos contínuos sobre gestão remota, feedback assíncrono, e construção de confiança virtual.

3. Ofereça benefícios localizados e culturalmente relevantes

Para oferecer pacotes de benefícios a funcionários em diferentes países, as empresas enfrentam desafios extras. O RH precisa ter conhecimento sobre a cultura local e os benefícios disponíveis nos países onde possui colaboradores. Além disso, os times jurídico e financeiro devem conhecer profundamente a legislação trabalhista e as obrigações fiscais relacionadas às políticas de bem-estar e compensações em cada país (como insalubridade e periculosidade, por exemplo).

4. Considere os benefícios não financeiros

Com a crescente busca por mais propósito, qualidade de vida e bem-estar no trabalho, as organizações precisam cuidar também dos benefícios não financeiros – como reconhecimento e políticas de valorização, flexibilidade de horários, oportunidades de desenvolvimento profissional, e clima positivo. Esses fatores são classificados como “salário emocional", uma tendência que ganha força entre os profissionais, especialmente das gerações mais novas, como Geração Z e Millennials.

5. Padronize e promova o uso de folgas remuneradas (PTO)

Assegure que todos os funcionários, independentemente de onde morem, tenham acesso fácil e transparente aos benefícios de licenças remuneradas – como o PTO (paid time off) nos Estados Unidos. Além disso, é preciso incentivar tirar férias e folgas. Em resumo, normalizar o descanso como parte da performance saudável.

6. Estruture as operações de RH para reduzir a incerteza e a sobrecarga

Sistemas, fluxos e políticas claras sobre licença, benefícios, horários e expectativas são essenciais para reduzir o estresse causado por dúvidas, retrabalho ou desalinhamentos. Isso exige uma gestão centralizada da gestão de RH, para que todos estejam na mesma página em relação a bem-estar e produtividade.

Como a Deel ajuda equipes globais a reduzir o estresse no trabalho

Líderes de RH e C-levels já entenderam que o bem-estar dos colaboradores globais exige muito mais do que oferecer pacotes de teleterapia ou apps de meditação.

É preciso criar uma operação fluida, estruturada, e que considere as diferenças de horário e cultura entre os colaboradores.

Também é preciso desenhar planos robustos de benefícios localizados e personalizados, que façam sentido para o colaborador e o lugar onde vive, que entreguem valor, e cumpram as regras trabalhistas locais.

Além disso, as empresas precisam garantir os melhores parceiros para a oferta de benefícios, a fim de não comprometer o caixa ou tornar inviável a escalabilidade de contratações. Quando se tratam de equipes internacionais, essa premissa tende a ficar complexa, pelas diferenças de moeda ou pelo desconhecimento sobre os benefícios valorizados pelos profissionais de cada país.

Entretanto, implementar tudo isso manualmente, país por país, é trabalhoso e custoso. Por isso, cada vez mais as organizações estão contratando softwares de RH que conseguem automatizar diversas tarefas e garantir precisão de conformidade legal, pagamentos em dia, e pacotes de benefícios personalizados, estruturados facilmente.

A Deel oferece um administrador de benefícios para o seu RH interno criar estruturas de suporte altamente eficazes, localmente relevantes e escaláveis – sem sobrecarregar a equipe.

Seja parte da transformação: contribua para a redução do estresse no trabalho com uma gestão de talentos eficiente

Seus colaboradores não podem estar bem se os processos e sistemas que utilizam para trabalhar não estiverem. Ou se a gestão de RH não consegue atender às demandas individuais relacionadas a benefícios e carga de trabalho. Ou se as lideranças não são capacitadas para incentivar o bem-estar no trabalho, ou até mesmo comunicar as políticas organizacionais de bem-estar com transparência.

Uma equipe bem apoiada é uma equipe mais produtiva, leal e engajada.

Comece a melhorar agora o bem-estar da sua equipe global: conheça o Deel Benefits Admin para escalar benefícios compatíveis e prioritários a cada um dos seus colaboradores, onde quer que eles estejam.

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