Vamos analisar cinco áreas que os nômades digitais e os cidadãos não americanos que vivem no exterior devem entender ao procurar um emprego remoto em uma empresa dos EUA.
1. Obtenha o consentimento de seu empregador e estabeleça sua classificação como profissional
Nem todas as empresas estão abertas para que seus contratados internacionais viajem para o exterior com seu trabalho. Isso pode ser uma preferência dos empregadores dos EUA ou pode ser por motivos legais.
Você deve compartilhar seu desejo de trabalhar remotamente no exterior logo no início do processo de seleção e contratação. Isso garantirá que você e a empresa tenham compatibilidade desde o início. Isso também dará à empresa tempo para determinar a classificação adequada do profissional.
Sua classificação como profissional é importante ao decidir trabalhar remotamente de um país estrangeiro, pois ela definirá sua relação de trabalho com a empresa dos EUA.
Os dois principais tipos de classificações de profissionais são funcionários e prestadores de serviços. Quando se trata de trabalho remoto enquanto se vive no exterior, trabalhar como autônomo tem suas vantagens.
Ao contrário dos funcionários em tempo integral, que precisam trabalhar de acordo com um cronograma regulamentado pela empresa, os prestadores de serviços têm muito mais liberdade e independência sobre seu trabalho.
Cada país traça a linha entre prestador de serviços e funcionário em lugares ligeiramente diferentes. Mas, em geral, os prestadores de serviços decidem como, quando e, o mais importante neste caso, onde concluirão um determinado projeto.
Caso um dia você decida se mudar para um país com um fuso horário totalmente diferente, trabalhar como terceirizado lhe dá autonomia para adaptar seu horário de trabalho como achar melhor. Isso também libera a empresa de lidar com diferentes benefícios para os funcionários e leis tributárias quando você se muda de um país para outro.
Se uma empresa dos EUA já o emprega, o empregador pode considerar reclassificá-lo como um prestador de serviços. Mas esteja ciente de que a relação de trabalho também deve mudar para refletir isso. Suponha que a empresa continue a tratá-lo como um funcionário, por exemplo, controlando seus métodos de trabalho. Nesse caso, a empresa estará sujeita a erro de classificação e poderá sofrer penalidades.
Também vale a pena mencionar que os prestadores de serviços não recebem benefícios de funcionários e têm obrigações fiscais diferentes deles, o que explicaremos na próxima seçã.
Os funcionários têm direito aos mesmos benefícios obrigatórios que receberiam em seu país de origem.
2. Declare os impostos em seu país de residência fiscal e preencha o formulário W-8BEN
Todos os cidadãos não americanos que trabalham para empresas americanas - independentemente da classificação do profissional - pagarão impostos em seu país de origem, mesmo que morem no exterior. A diferença é como você paga o imposto.
Pagamento de impostos como funcionário trabalhando no exterior
Os funcionários têm poucas obrigações fiscais, pois é responsabilidade do empregador dos EUA reter as contribuições fiscais da folha de pagamento em nome do funcionário. O empregador dos EUA deve determinar o país de residência do funcionário, o que pode ser difícil para os nômades digitais.
Recomendamos que os empregadores entrem em contato com um especialista jurídico trabalhista para entender o valor e a jurisdição dos impostos de seus funcionários.
Pagamento de impostos como prestador de serviços trabalhando no exterior
Diferentemente dos funcionários, os prestadores de serviços são autônomos, o que significa que são responsáveis por reter e pagar suas próprias contribuições fiscais. Novamente, isso é simples se você estiver no exterior: você paga impostos sobre o trabalho autônomo em seu país de residência.
Se você se locomove como nômade digital, paga impostos onde quer que tenha mais vínculos residenciais. Talvez seja necessário apresentar várias declarações de impostos se você se qualificar como residente em vários países.
Evite complicações fiscais nos EUA com o formulário W-8BEN
O Internal Revenue Service (IRS) dos Estados Unidos declara que todos os cidadãos não americanos que trabalham para uma empresa fora dos EUA devem preencher o formulário W-8BEN para comprovar que estão isentos do pagamento de imposto de renda federal nos EUA.
Os funcionários e prestadores de serviços estrangeiros remotos que trabalham para uma empresa dos EUA não estão sujeitos a deduções do Social Security ou do Medicare.
3. Conheça os requisitos locais de visto e permissões antes de viajar
Antes de reservar seus voos, verifique os requisitos de visto e os padrões de permissão exclusivos do país escolhido. Diferentes países e regiões permitem diferentes períodos de permanência e têm critérios específicos de elegibilidade.
Solicite um visto de turista para estadias de curto prazo (90 a 180 dias)
Muitos países permitem que não residentes trabalhem remotamente por um período máximo de 90 dias ou 180 dias, dependendo do país, sem obter um visto de trabalho ou patrocínio. Esse arranjo funciona bem para aqueles que optam pelo estilo de vida nômade digital e ficam felizes em se mudar para um novo país a cada poucos meses.
Solicite um visto de trabalho remoto para estadias de médio prazo (6, 12 ou 24 meses)
Se você espera ficar em um país por um período prolongado, pode escolher entre os países que oferecem vistos de nômade digital. Esse tipo de visto tornou-se especialmente popular porque as restrições de viagem decorrentes da pandemia continuam a ser suspensas. Não deixe de verificar as condições, o processo de solicitação e os custos de cada país.
Solicite uma permissão de trabalho ou de residência para estadias permanentes e de longo prazo
Se você pretende morar em um país estrangeiro por um longo período, esteja ciente das normas locais, pois elas variam entre os países. Muitos países exigem que você solicite o visto apropriado e, ao chegar, obtenha uma permissão de trabalho ou de residência, dependendo da sua nacionalidade. Às vezes, esses vistos exigem o patrocínio de seu empregador.
Após um determinado período, você poderá solicitar o status de residente permanente. Nesse momento, o país se torna seu novo país de residência fiscal. Se você for um prestador de serviços, deverá cumprir as obrigações fiscais locais desse país.
Se você for um funcionário, deverá informar seu empregador sobre sua mudança de residência, pois isso afetará a responsabilidade fiscal da empresa e a conformidade com as leis trabalhistas.
4. Não interaja com o mercado local como um profissional remoto
É contra as leis trabalhistas locais interagir com a força de trabalho local ou participar de "atividades econômicas" como um profissional remoto de uma empresa dos EUA. Isso inclui:
- Realizar trabalho para subsidiárias nacionais ou empregadores locais
- Empregar, solicitar ou contratar profissionais da força de trabalho local
- Prestação de serviços ou venda de mercadorias para o mercado local
Por exemplo, suponha que a empresa peça para você participar de um evento de networking com pessoas locais ou que você decida terceirizar seu trabalho para um freelancer local. Nesse caso, você interagiu com o mercado local e participou de atividades econômicas no país.
Se as autoridades locais o pegarem, poderão revogar seu visto e acusá-lo de fraude de imigração. Isso pode suspender qualquer pedido de visto futuro ou resultar em deportação.
Dica principal: solicite à empresa contratante uma Política do Nômade Digital que descreva quais atividades de trabalho são aceitáveis além das fronteiras e quais não são.
5. Conheça as diferentes opções de pagamento
Há várias dezenas de métodos para receber o pagamento como funcionário ou prestador de serviços remoto internacional.
Os funcionários podem receber o pagamento por meio de transferências eletrônicas internacionais tradicionais para suas contas bancárias nos EUA ou por meio de transferência SWIFT. No entanto, esses métodos não são muito econômicos, pois as taxas e as tarifas de câmbio podem ser muito altas. E se você for um nômade digital, talvez não tenha acesso conveniente a uma única conta bancária onde quer que viaje.
Os profissionais autônomos podem tirar proveito de opções de pagamento mais flexíveis, como PayPal, Payoneer e Wise. Entretanto, essas opções não estão disponíveis em todos os países.
As empresas que fazem parceria com EORs, como a Deel, podem fornecer aos seus contratados acesso a um cartão especial que lhes dá acesso imediato a fundos em uma moeda de gastos mais estável, sem taxas SWIFT. Esses cartões pré-carregados são versáteis porque funcionam como um cartão de débito padrão, uma opção quase universalmente utilizável.
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Seja você um profissional remoto tentando navegar no local de trabalho global ou uma empresa americana querendo contratar um expatriado remoto que mora no exterior, a Deel pode ajudar.
A Deel cuida de toda a papelada, conformidade legal e procedimentos de folha de pagamento global envolvidos na contratação internacional. Mas isso não termina aí. Também fornecemos serviços personalizados de treinamento e integração, benefícios e suporte a funcionários localizados e recursos adicionais que contribuem para uma excelente experiência internacional do funcionário.
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